CURIOSIDADES

SIMPATIAS JUNINAS

 Sai casamento?
 Para ter certeza de que você vai se casar, coloque duas agulhas em um prato com água, à meia-noite do dia 12 para o dia 13 de junho. Se elas amanhecerem juntas, é garantia de casamento.

Nome do futuro marido (esposa)
Na noite de São João, do dia 23 para o dia 24, enfie uma faca virgem em uma bananeira. No dia seguinte o nome da pessoa com quem você vai se casar aparecerá na lâmina.

Rosto do futuro marido
Você deve colocar um papel branco por cima da fogueira de São João, sem queimar. Enquanto reza uma "Salve Rainha", gire o papel sobre o fogo. O desenho feito pela fumaça corresponde ao rosto do homem com quem você vai se casar.

Casar depois dos 40
Assista à sete missas seguidas, uma a cada domingo, sempre às sete horas da manhã em uma igreja de Santo Antônio. Ofereça cada missa à Virgem Maria, mãe de Jesus, esposa de José. Após a última missa, acenda sete velas brancas aos pés de uma imagem de Santo Antônio e mentalize o desejo de se casar.

Manter a paixão acesa
Após o banho, sempre passe seu perfume preferido no corpo, formando uma cruz que vá da base do pescoço até o umbigo e abaixo do peito, da esquerda para a direita.

Será que vai ser um coroa?
Passe um ramo de manjericão na fogueira e atire-o ao telhado. Se na manhã seguinte o manjericão ainda estiver verde, o casamento é com moço. Se murchar, é com velho.

Banana e casamento
Introduza uma faca virgem numa bananeira. Depois disso, você tem que voltar pra casa sem olhar para trás. No dia seguinte, aparecerá na faca a inicial da noiva ou do noivo. Se não tiver nada, paciência: não vai ter casamento.

Frio na espinha
Ponha uma bacia ou tigela com água e olhe para dentro, rezando a Salve Rainha; deve aparecer a imagem do seu futuro par. Se nenhuma imagem aparecer, é porque você morrerá neste mesmo ano. Pode-se também fazer a experiência olhando para o fundo de uma cacimba.

Um chute do destino
Coloque duas agulhas em uma bacia d’água. Se elas se juntarem, indicam casamento. Escreva em papeletes os nomes de várias pessoas. Enrole os papéis. Depois coloque-os numa vasilha com água; o papel que amanhecer desenrolado indicará o nome da noiva ou noivo.

Água suja, água limpa
Separe três pratos: um sem água, outro com água limpa e outro com água suja. Quem faz a experiência aproxima-se com os olhos vendados e põe a mão sobre um deles; o prato sem água não dá casamento; o de água suja indica que o casamento será com um viúvo, e o de água limpa, com solteiro.

Nome de mendigo
Ponha uma moeda de um real na fogueira e, no dia seguinte, a recolha, entregando ao primeiro pobre que aparecer. O nome do pobre é o nome do noivo.

Aliança bate-bate
Passe sobre a fogueira um copo virgem contendo água. Depois amarre a aliança de uma mulher casada enrolada em um fio de cabelo. Reze uma Ave Maria. Tantas são as pancadas dadas pelo anel nas paredes do copo quanto os anos que o pretendente terá de esperar para se casar.



TRADIÇÕES

As tradições fazem parte das comemorações. O mês de junho é marcado pelas fogueiras, que servem como centro para a famosa dança de quadrilhas. Os balões também compõem este cenário, embora cada vez mais raros em função das leis que proíbem esta prática, em função dos riscos de incêndio que representam.
Em algumas cidades do interior de Minas Gerais, ainda é muito comum a formação dos grupos festeiros. Estes grupos ficam andando e cantando pelas ruas das cidades. Vão passando pelas casas, onde os moradores deixam nas janelas e portas uma grande quantidade de comidas e bebidas para serem degustadas pelos festeiros.
Na região Sudeste como um todo, são tradicionais a realização de quermesses. Estas festas populares são realizadas por igrejas, colégios, sindicatos e empresas. Possuem barraquinhas com comidas típicas e jogos para animar os visitantes. A dança da quadrilha, geralmente ocorre durante toda a quermesse.
Como Santo Antônio é considerado o santo casamenteiro, são comuns as simpatias para mulheres solteiras que querem se casar. No dia 13 de junho, as igrejas católicas distribuem o “pãozinho de Santo Antônio”. Diz a tradição que o pão bento deve ser colocado junto aos outros mantimentos da casa, para que nunca ocorra a falta. As mulheres que querem se casar, diz a tradição, devem comer deste pão.


A FESTA JUNINA

Pelas cidades do interior e fazendas é comum se acenderem fogueiras na noite véspera de São João. Queimam-se fogos; lêem-se sortes, enquanto arde a pira.

Pois bem, entre os usos correntes nessa noite de São João, há o de pular a fogueira, bem como de atravessar o braseiro de pés descalços. O que vários realizam, dizem, sem se queimar.

Há nesses costumes uma tradição européia cujo sentido perdeu-se, conservando-se o ato externo, por mero diletantismo.

Já vimos como, entre os povos indo-europeus, os das civilizações norte-africanas e ainda da América Pacífica, o culto ao deus-sol possuía um caráter universal. Ora, entre os ritos desse culto – danças rituais, que se realizavam no princípio da primavera ou no solstício do verão, saudação matinal ao sol, oferendas e sacrifícios por ocasião das festas solares, em que também se realizava a cerimônia do fogo novo com a fricção de dois paus – figurava a prática, entre os povos primitivos, de acender fogueiras nos solstícios de verão e inverno, em homenagem ao deus-sol, segundo Frobenius, P. Guilherme Schmidt e outros etnólogos.

Essas fogueiras tinham um sentido propiciatório, sendo freqüentemente imoladas vítimas, para que o deus-sol continuasse propício. Havia ainda o costume de se passar a fogueira a pé descalço, quando já braseiro. E isso era realizado pelos pais, mães e filhos, com sentido de purificação, de preservação de males corporais. E até os rebanhos de ovelhas e o gado eram levados a atravessá-la, para se preservarem das pestes ou delas se curarem.

Entre os hebreus estabeleceu-se em certa época idêntico costume, o qual foi proibido por Moisés, por seu caráter pagão. J. G. Frazer, em sua obra The golden Bough, ou sua tradução francesa Le Rameau d’or, II, Paris, 1911, acentua este duplo efeito do fogo daquelas piras: purificar e preservar de pestes e males, embora rejeite a interpretação que lhe é dada pela escola ritualista (veja-se, a propósito, o livro Les saints successeurs des dieux, Paris, 1907, de P. Santyves).

Essas primitivas práticas, com o advento do cristianismo, perderam seu conteúdo ritual solarista, e a igreja sabiamente não se opôs à continuidade da tradição,
a que deu um conteúdo cristão: homenagem a São João, o precursor da luz do mundo – Cristo.

É com esse sentido cristão que se acendem ainda em toda a Europa as fogueiras de São João, no solstício de verão, entre nós correspondente ao de inverno. De Portugal vieram-nos elas. Os primeiros missionários jesuítas e franciscanos referem quanto eram apreciados pelos índios tais festejos de São João, por causa das fogueiras, que em grande número iluminavam as aldeias, e as quais eles saltavam divertidamente. São, pois, nossas fogueiras de São João, verdadeiras "sobrevivências", que perderam o primitivo sentido ritual.




VOCABULÁRIO MINEIRO
DOCÊ = minerim falano "de você"
KÉDI? = o mesmo qui "cadê" (tem até sáiti na net)
PRÉSTENÇÃO = é quano o minerim tá falano e ocê num tá ouvino.
DEU = o mêz qui "de mim" .... ex : larga deu, sô!!
SÔ = ponto finar de quarqué frase .... qué exempro???? Ex: óia o
"deu", sô!
DÓ = o mêz qui "pena", "compaixão" , qui dó, gentch!!!
DI VERA???? = ..... o mêz qui "de verdade"
GARRÁDU = o mêz qui "junto"....
NIMIM = o mêz qui "em mim" ....nóóo, ocê vivi garradu nimim,
trem!!!....larga deu, sô!!
NÓOO = num tem nada a ver cum laço apertado não, é o mêz qui "nossa"
...vem di Nossa Sinhora!
PELEJÃNU = o mêz qui tentãnu ... ó ieu tô qui tô pelejanu cum esse
trem, né di hoje ...qui nó cego (agora e nó mêzz!)
NÉ??? = né é : num é, uai!!!!
PINGA = o mêz qui cachaça ... é danadibão com o tutu e uns torresmim,
bão tamém cum franguim cum quiabo.
TACÁ = o mêz qui "jogar" ... taquei tudo fora!!! vô tacá quejim na ambrusia.
MINERIN = Típico habitante das Minas Gerais
I = E (Ex: minino, ispecial, eu i ela,  vistido,isquisitu.)
UAI = O correspondente ao "UÉ" dos paulista. Ex: Uai é uai, uai!
ÉMÊZZZ? = Minerin quereno confirmação.
ÓIQUI = Minerin tentanu chamar a atenção prá alguma coisa.
TXII = O irmão do pai ou da mãe (a muié do txii é a txxiiiiaa).
INTORNÁ = Quando num cabe na vazia.
PÃO DE QUÊJO =Alimento fundamental na mesa minêra
TUTU = a preferência dos minerin.
TUTU = Mistura de farinha de mandioca cum feijão triturado e uns
temperim lá da horta.
TREM = Palavra que num tem nada a ver cum transporte,e que quer dizer
qualquer coisa que o minerin quisé. Ex: Já lavô us
trem? Eu comi uns trem lá na roça. Vamo lá tomar uns trem? Qui trem qui
é aquilo na oreia da muié sô?
MA QUI BELEEEZZZ = Expressão que exprime aprovação, quando gostou di
arguma coisa.
NNN = Gerúndio do minerêis. Ex. Brincannn, corrennn, innn, vinnn.
BELORZONTI = Capitár di Minas Gerais.
TRIANGO MINÊRO = Triângulo Mineiro.
BERABA e BERLÂNDIA = Cidades famosas do Triângo Minêro.
PÓPÔPÓ? = A mineira perguntando ao marido se pode por o pó (ao fazer café).
PÓPÔPOQUIN = Resposta afirmativa do marido.
GIZDIFORA = Cidade mineira próxima ao Estado do Rio de Janeiro, o que
confunde a cabeça do minerin, que não sabe se é
minerin ou carioca.
ESTAÇÃO = Onde desembarca os minerin cum as mala cheia de quêjo.
CONFÓFÔ EU VÔ = Conforme for, eu vou.
OIÓ, TÓ = Óia aí, ó, toma...
VARGE = Aquele legume verde rico em fibras.
MAGRILIN = Indivíduo muito magro.
DEUSDE = desde. (Ex: Eu sou magrilin deusde que eu era rapazin!)
NIGUCIM = qualquer coisa que o minerin acha pequeno.
NÉMERMO? = minerim procurando concordância cum suas idéia.
ESPIA = nome da popular revista VEJA. (tem uns disgarradu qui fala
"ispia" uai!)
KINÉM = advérbio de comparação, iguar - Ex: Ela saiu bunita kiném a
mãe.
ARREDA = verbo na forma imperativa, semeiante a sair, deslocar-se,
mover-se. Ex: Arreda prá lá, sô!
IN = sufixo prá forma diminutiva Ex. Piquininin, Lugarzin, bolin,
vistidin, sapatin, etc.
ARÔ = quiném "alô"
ARU, ERU, IRU = usado nuns verbu da 3a pessoa : Ex : eles fôru lá e dançaru, beberu, agarraru umas muié déru uns bejj e adispois fugiru.
BÊJO = quando as bôca si incontra ,di prefereça de homi com muié.
BÊJIM" = é bêjo miudim.
CÁUZU = quando os minerin, prá se diverti, conta história
MODIDIZÊ = quando o minerin tenta isplicá, o mêzz qui "modo de dizer"
ISTEITIS = é prá onde os minerim tão inu, de mala e cuia...